Vem saber mais sobre esses equipamentos fundamentais para garantir que riscos e danos sejam evitados ou pelo menos minimizados.
(Carlos Augusto Longo – Engenheiro Eletricista Coordenador da Produção)
Não é incomum vermos notícias de incêndios ocorridos em edificações residenciais e comerciais. Seja por imprudência ou negligência nas medidas de prevenção e combate, incêndios podem tomar proporção de desastre por resultar em perdas de bens e, muito pior, de vidas.
No Brasil já ocorreram grandes tragédias desta categoria, como o da Boate Kiss, que resultou em 242 mortes e cerca de 650 feridos. O incêndio na boate, localizada na cidade de Santa Maria/RS, aconteceu após o vocalista de uma banda acender um sinalizador de uso externo e as faíscas provocadas pelo sinalizador atingirem a espuma do teto. Em cerca de 3 minutos a boate estava tomada por uma fumaça densa repleta de cianeto, substância letal que causou a maioria das mortes. Como agravante, além de estar superlotada, o estabelecimento estava com seu alvará de funcionamento vencido e não possuía um plano de prevenção e combate a incêndios.
Outros casos como do Edifício Joelma (190 vítimas fatais), do alojamento do Flamengo (10 adolescentes mortos) e do Museu Nacional do Rio de Janeiro (sem mortes, porém com danos irreparáveis ao patrimônio histórico) poderiam ter sido evitados se as normas, as instalações ou os equipamentos corretos tivessem sido adotados.
Muitas podem ser as causas geradoras de incêndios, que podem ser provocados acidentalmente, por materiais combustíveis ou inflamáveis, sabotagem e ações criminosas, falhas elétricas e até mesmo por mau uso de equipamentos ou materiais.
Independente da causa do incêndio, é importante frisar que as medidas de prevenção e combate são fundamentais para garantir a segurança patrimonial e de vidas, principalmente em locais com grandes circulação e concentração de pessoas.
Dentro desse contexto, as, motobombas representam uma peça fundamental, seja em sistemas com hidrantes ou em sistemas com chuveiros automáticos, denominados sprinklers. É sobre os tipos de motobombas que compõe os conjuntos de combate a incêndio que vamos discorrer a partir de agora.
Tá preparado para entender um pouco mais? Então vamos lá!
Os sistemas de bombeamento para combate ao incêndio geralmente são compostos por 3 tipos de motobombas:
- Motobomba principal, geralmente com acionamento por motor elétrico;
- Motobomba auxiliar (ou reserva), podendo ser com acionamento por motor elétrico ou por motor a combustão; e
- Motobomba de pressurização ou jockey.
Tanto a motobomba principal quanto a auxiliar são equipamentos essenciais para bombear a água para combater o incêndio e, portanto, precisam estar em condições de entrar em operação sempre que necessário, em qualquer situação de sinistro.
A motobomba principal, como já se pressupõe, é aquela que, após acionada, irá suprir a demanda de vazão e pressão para combater o incêndio. Para garantir seu funcionamento, independentemente da causa geradora do incidente, deve ser conectada diretamente na rede de energia elétrica, em um circuito de alimentação independente.
Como é possível presumir pelo próprio nome, a motobomba auxiliar tem a função de ajudar a motobomba principal quando esta não conseguir suprir a necessidade de bombeamento. Isto pode ocorrer caso haja a necessidade de usar mais hidrantes abertos do que o previsto ou ainda por falta de energia. É justamente por esta última razão – falta de energia, que as motobombas auxiliares precisam ser conectadas a um gerador. Quando a instalação não possuir um gerador disponível, outra opção é adotar uma motobomba a combustão como auxiliar no sistema de combate a incêndio.
Mesmo não sendo um item obrigatório, a motobomba de pressurização, denominada jockey, mantem a pressão na rede, evitando que a bomba principal seja acionada sem necessidade. Controla a pressão nos tubos de saída de água, evitando alterações no fluxo do fluido, mantendo assim o nível ideal de pressão de água, o que melhora o desempenho no apagar as chamas. Equipamento compacto, ligado automaticamente quando o sistema de combate a incêndio é acionado, é capaz de funcionar mesmo que hajam pequenos vazamentos ao longo da tubulação.
Outro item interessante a ser instalado em um sistema de combate a incêndio é o tanque de expansão, cuja finalidade é manter a pressão no sistema até esgotar o seu volume útil, evitando um número excessivos de partidas da bomba jockey em casos de pequenos vazamentos na instalação.
O acionamento das motobombas, principal, auxiliar e jockey é feito através de pressostatos, que são basicamente interruptores de pressão. A principal função de um pressostato é enviar (ou não) um sinal elétrico para acionamento da(s) motobomba(s) de acordo com a situação do momento. O pressostato é projetado de modo que tenha um ponto de pressão característico, tanto para enviar o sinal de acionamento quanto o de desligamento de cada motobomba. Geralmente, de acordo com cada fabricante do pressostato, ainda é possível regular estas pressões de acordo com a necessidade da instalação.
Para um sistema de combate a incêndio funcionar corretamente e, para que exista a confiabilidade e eficiência necessárias, os equipamentos de combate a incêndio devem respeitar os mais rigorosos procedimentos de fabricação, inspeção e testes. E isso você sabe que vai sempre encontrar em todos os produtos FAMAC!
Em nossa ampla gama de produtos você encontra toda linha para combate a incêndio, com motobombas jockey, motobombas elétricas e motobombas acionadas por motores a combustão interna.
Em nosso site você também encontra o Dimensionador, ferramenta que vai ajudar a escolher as melhores opções de bombas para combate a incêndio, tendo acesso as curvas de desempenho hidráulico e demais informações relevantes.
A preocupação com a confiabilidade das motobombas de combate a incêndio é algo de fundamental importância e que deve ser considerado com bastante atenção pelos profissionais que vão projetar os sistemas de prevenção e combate. Se você não é um especialista, mas é proprietário ou responsável por um local com esse tipo de sistema, precisa também ficar atento a tudo isso.
E mais: além da implementação e garantia da qualidade e da correta instalação dos equipamentos, é preciso ter um plano de ação e ampla sinalização indicando os procedimentos e as rotas de fuga em caso de acidentes desse tipo.
Fique atento, previna-se sempre e até a próxima!